Meu lugar na internet

10 de ago. de 2018
Perdi.


Meu lugar na internet eu perdi, perdi porque queria perder já faz algum tempo. E hoje me sinto desmotivado a abrir o instagram olhar o feed, ver o que as pessoas postaram e principalmente falar sobre a minha vida ou postar fotos. Me afastei algumas milhares de vezes dessa redes social pelo mesmo motivo que me afastei das outras, inclusive falei s obre isso em um tweet recente

Percebi que me preocupar com transparecer uma imagem ou a necessidade de estar por dentro dos memes do momento não estavam me fazendo bem; em determinado período da vida a gente cresce demais para se importar com essas pequenas "necessidades" que as pessoas se preocupam. Deixei de me importar com os números e passei a seguir somente as pessoas quem eu queria seguir (que me inspiravam ou se ocasionalmente eu quisesse saber alguma coisa sobre a vida delas). Apesar de ter feito uma limpeza no feed, ainda sim, não sinto vontade alguma de voltar para. Não que eu não tenha fotos, isso eu tenho de sobra, mas por não haver ânimo. E o único motivo é:

Está tudo tão comercial.

Sinto falta de sentimento e menos lacração, menos números, menos mimos, menos era blogueira. 

E o ranço vem se estendendo para outras redes, como o twitter, que as coisas já tem se tornado repetidas, ainda que engraçadas. Fico pensando se estou regredindo ao abdicar meu tempo dessas coisas, das coisas repetidas que meus amigos e até meus pais riem. Os motivos de me abdicar é que todo mundo está triste, como diz a fake happy do Paramore, I feel so fake happy and. I bet everybody here Is just as insincere. We're all so fake happy, e ficamos preenchendo com coisas que nos afastam do melhor que podemos ter: nós. 

A gente se preenche com tanta informação desnecessária que nunca paramos para cuidar da nossa pele, dos nossos pensamentos, das metas ou até mesmo das responsabilidades. Eu bem andei reparando a quantidade de vezes que acessava o celular para ver se havia uma notificação, para ver se alguém falou comigo, reparei na quantidade de horas que estava dedicando a algo não concreto na minha vida.

E, acredito, foi assim que percebi que eu já não tinha mais o meu lugar na internet. Eu já não me sinto bem-vindo, já não sinto que é minha cara. 

Talvez esse blog, ainda seja um pedaço do que sobrou.

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