É claro que eu poderia adicionar todas as histórias de amor vívidas até aqui, todos os sabores e novas experiências que fui presenteado nos últimos anos, lembro de quando apresentei meu primeiro namorado para os meus pais, foi uma reação esquisitamente boa, mas senti o quanto a minha família seria incrível em abraçar um desconhecido, abraçar os meus amores e fazê-los pertencer.
Das infinidades de lembranças, que se tornam borrões, sons e cheiros, algumas ainda podem ser descritas:como quando vi minha mãe chorando na plateia enquanto estava lá em cima recebendo o canudo de formação, quando recebo o abraço saudoso de quem não vejo faz tempo, quando todas as vezes que dormi com meus amigos (de conchinha ou não), quando pintei meu cabelo, quando furei pela primeira vez a orelha e também quando fiz minha primeira viagem sozinha (por mais que não tenha sido para mais de 300km da minha casa).
A gente vai percebendo que os momentos felizes não requer muito recurso, acontece sem querer, acontece dentro da rotina, não é nada fatídico, nada esperado. Ainda que acompanhado dos dias tristes, os felizes permitem dar o valor e permanência nisso chamamos de viver.
— estou participando do projeto 30 dias de escrita.
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