Resenha: "Cyberstorm", de Matthew Mather

17 de set. de 2016
Cyberstorm
Matthew Mather
Editora Aleph, 2015
368 páginas
Em meio a uma forte tensão política internacional, os Estados Unidos sofrem um grande ataque cibernético: todos os meios de comunicação começam a falhar. Ao mesmo tempo, uma forte tempestade de neve assola a cidade de Nova York, e uma possível epidemia de gripe aviária parece se aproximar. Presos na cidade e quase sem contato com o resto do mundo, os moradores de repente se veem imersos em um cenário verdadeiramente apocalíptico. Enquanto rumores e especulações correm sobre a origem desses ataques, Mike Mitchell se concentra em questões que para ele parecem mais urgentes. A crise o atingiu em um momento crítico de sua vida, complicando seus já confusos problemas pessoais e financeiros. Agora, sua prioridade é manter a família unida e viva no crescente caos que se forma a sua volta.
Quando li Cyberstorm a única coisa um vinha na minha cabeça era José Saramago, mais especificamente o seu romance Ensaio Sobre a Cegueira. O motivo para associar ambas as obras seria a catástrofe em retirar algo importante e de grande utilidade para a sociedade, no exemplar de Saramago temos como faltante a visão, enquanto no de Matthew Mather temos a falta de internet.


Há 5, 8 anos atrás a internet não faria tanta falta, já que os meios de comunicação e aparelhos eletrônicos não eram tão avançados como hoje. Atualmente poucos meios eletrônicos funcionam sem internet, por exemplo, sem a falta da mesma não é possível fazer compras em mercado, sacar dinheiro e outras coisas que seríamos obrigados a adaptar. De fato é, quase, impossível viver sem internet, visto que metade da nossa vida é organizada através dela. Com isso, Cyberstorm busca confrontar a vulnerabilidade que seria estar sem internet e o caos que se tornaria o repentino sumiço de tal.


Imaginar essa possibilidade de ficar sem conexão com o exterior se tornou interessante neste romance, pois a população de algum modo não consegue de adaptar e acabam gerando diversos conflitos, como roubos e mortes. Vale lembrar que também uma tempestade ao mesmo tempo que os meios de comunicação somem, logo, o livro se torna um incessante arquivo de sobrevivência dos nossos protagonistas: dois homens, duas mulheres - uma delas grávida. A cada novo capítulo o autor introduz uma possibilidade do que poderia estar acontecendo no mundo externo dos nossos protagonistas como uma possível terceira guerra mundial, hackers invadindo sistemas, porém nenhuma possibilidade fica clara o suficiente até o término deste volume.

Com esse breve comentário deixo minha recomendação de leitura; uma hipótese que me deixou bastante reflexivo  e que me fez devorar o livro em questão de dias. Cysberstom é a sobrevivência ao virtual, sobrevivência do costume.

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